Conversando com o NEAB: Entre o Genocídio da População Negra e as Cotas
Publicado: 12/11/2020 - 11:42
Última modificação: 12/11/2020 - 12:00
O NEAB/UFU terá mês dedicado a visibilidade de militantes negros regionais em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra
Programação oferece atividades como diálogos, mesas redondas e homenagens. No mês em que se rememora a luta de Zumbi de Palmares pela liberdade e evoca a importância da Consciência Negra, as atividades da DIEPAFRO/NEAB tem o objetivo de fazer uma reflexão sobre a importância e influencia do povo e da cultura africana no Brasil, assim como para analisar o impacto que eles tiveram no desenvolvimento da identidade cultural e brasileira.
Uma das características perversas da classe dominante brasileira é a difusão do pensamento de que os negros são os responsáveis pela situação marginal em que a maioria se encontra e, por essa razão, qualquer medida oriunda do Estado para alterar esse aspecto não tem justificativa aceitável. Mas em certa medida, é perfeitamente admissível o genocídio sistemático da população negra como resultado do agravamento da desigualdade social. Para entendermos este debate, recebemos Guimes Rodrigues, professor titular aposentado e coordenador do NEAB/UFU de 2006 a 2019, para provocar reflexões acerca das cotas raciais como elementos que buscam corrigir as distorções embrionárias na história dos afro-brasileiros, mas que esbarram em muitos obstáculos e as políticas de controle social dos corpos negros, herança da escravidão que têm como objetivo nos ver sempre pobres, presos ou mortos, pois já é cultural. Essa conversa será conduzida por Lucas Pires Técnico de Laboratório IBTEC, membro do GT Negras e Negros - SINTET/UFU e coordenador de Cultura - UFU Patos de Minas.